terça-feira, 29 de abril de 2014

Banda larga popular já está em mais de 4,5 mil municípios

Segundo o Ministério das Comunicações, a meta é atender todas as cidades do país até o fim deste ano, com pacotes de 1 megabit por segundo

Publicação: 07/03/2014 19:42 Atualização: 07/03/2014 20:04

A banda larga popular, ofertada pelas concessionárias que firmaram acordo com o governo federal, em 2011, chegou a 4.523 municípios brasileiros no final do ano passado. Segundo o Ministério das Comunicações, a meta é atender todas as cidades do país até o fim deste ano, com pacotes de 1 megabit por segundo (Mbps) a R$ 35.

No último trimestre de 2013 foram incluídos 734 novos municípios no programa, dos quais 414 estão na Região Nordeste, nos estados de Alagoas, Sergipe, do Ceará, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e da Paraíba. O governo federal também estuda uma atualização do Programa Nacional de Bande Larga (PNBL) ainda este ano, enfocando principalmente as redes fixas super-rápidas e o acesso móvel em smartphone e tablet.

De acordo com o governo, a Telebras, empresa responsável pela execução do PNBL, já construiu mais de 25 mil quilômetros de redes de fibras ópticas, capazes de atingir, inclusive, localidades onde ainda não há oferta por parte das empresas privadas.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Aumenta desigualdade no acesso à banda larga fixa no Brasil

Internet | 19/12/2013 10:58


Internet no Brasil agora conta com 10,05 acessos para cada cem habitantes


Internet: saída, segundo o instituto, é promover políticas públicas para incentivar a competição em regiões menos densas
São Paulo - O acesso à banda larga fixa cresceu de 2010 a 2012, mas continua apresentando desigualdades entre regiões, conforme constatou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na pesquisa "Radar – tecnologia, produção e comércio exterior", divulgada nesta quarta-feira, 18, a entidade identificou crescimento de 42,1% no acesso àinternet no Brasil, que agora conta com 10,05 acessos para cada cem habitantes. Para aumentar isso, a saída, segundo o instituto, é promover políticas públicas para incentivar a competição em regiões menos densas e, por isso mesmo, com menor penetração.
O levantamento parte do princípio de que, para países em desenvolvimento, a cada de crescimento na banda larga, o PIB se eleva em 0,138%, o que gera impactos em educação, saúde, energia e transportes. O Ipea reconhece avanços, como o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), a nova Lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), e as desonerações tributárias para investimento em rede. Mas lembra que ainda há problemas.
Os dados mostram que, mesmo com o crescimento do mercado brasileiro, as desigualdades não diminuíram – pelo contrário, aumentaram. "Muito além da perspectiva regional das desigualdades, elas também se apresentam de maneira marcante quando se considera o efeito do tamanho da população dos municípios."
O Ipea afirma que "as desigualdades podem ser resultado da baixa atratividade diante da renda limitada da população residente e do alto custo de instalação, mas também podem ser uma consequência da baixa competição, ou mesmo de deficiências do marco regulatório atual". O instituto ainda diz que há "evidências preocupantes sobre o preço e a oferta da banda larga, mesmo diante de alguns avanços", citando estudo da União Internacional de Telecomunicações (UIT) divulgado em novembro e que classificou o Brasil em 60º lugar.
Densidade
Em questão de densidade de 2010 a 2012, o estudo revela uma melhora no acesso. No total, o Brasil teve crescimento de 42,1% e agora conta com 10,05 acessos para cada grupo de cem habitantes. O destaque vai para o avanço nas regiões Nordeste, com 72,7% de crescimento, e Norte, com 62,9%. Mesmo com esse desempenho, essas ainda são as regiões com menores densidades, com 4% e 3,23% de penetração, respectivamente. Vale lembrar que a média de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) em 2012 era de 26,29% de penetração.
No recorte por Unidades da Federação, o estado de Roraima teve aumento de 309,5% (ainda que a penetração seja de 4,27 conexões para cada cem habitantes), enquanto em Alagoas o crescimento foi de 168,2% (penetração de 3,32%) e no Rio Grande do Norte foi de 123,1% (5,29% de penetração). A maior disponibilidade de acesso acontece no Distrito Federal, com 18,13%, seguido por São Paulo (18%) e Rio de Janeiro (13,57%). Naturalmente, a região com mais penetração é o Sudeste, com 14,59%, seguido pelo Sul, com 12,26%.
Segundo a pesquisa, houve também um crescimento por municípios, embora ainda haja disparidade grande. As cidades com mais de 500 mil habitantes possuem seis vezes mais acessos do que aquelas com até 20 mil habitantes. A diferença entre os municípios de 100 mil e 50 mil habitantes é de 2,75%. "A desigualdade de acessos é tão expressiva que, ao se compararem os municípios (...) com até 100 mil habitantes, o que corresponde a 44,9% da população, ou 94,8% dos municípios brasileiros, verifica-se a densidade de acessos de 2,66".
De qualquer forma, diminuiu o número de municípios sem acesso à banda larga entre 2010 e 2012, saindo de 462 localidades para apenas duas. A faixa de porte de cidades que obteve maior crescimento no acesso (120,7%) foi a de até 5 mil habitantes. Mesmo nos municípios com mais de 500 mil habitantes, o acesso cresceu 31,8%.
Como era de se esperar, os desníveis entre regiões continuam grandes. Conforme ressalta o Ipea, grandes municípios no Sudeste têm densidade de acesso três vezes maior do que seus similares no Nordeste, e quatro vezes em relação aos do Norte. O instituto observa que o desnível é maior entre as cidades com 20 mil e 100 mil habitantes. Nessa faixa, a densidade nas regiões Sul e Sudeste é seis vezes a do Nordeste e Norte.
Concentração de mercado
De acordo com o levantamento do Ipea, de 2010 a 2012, "fica evidente que em 87,7% dos municípios brasileiros o mercado pode ser considerado como concentrado", que é quando o Índice de Herfindahl-Hirschman (HHI, que avalia o market share local) é maior do que 2.500 (quanto maior, mais concentrado). O estudo afirma que, em 2012, 95% das cidades tinham mercado concentrado de oferta de banda larga fixa.
Dentro da realidade de locais com concentração de mercado, a ocorrência de players dominantes aumenta nas cidades menos populosas. Nos municípios com até 5 mil habitantes, 54% tinham ocorrência de HHI maior do que 8,125, o que significa poder de mercado de quase 90% para apenas uma empresa. O percentual diminui nas cidades com mais de 50 mil habitantes, chegando a 8% nos municípios com mais de 500 mil habitantes.
Soluções
O Ipea identificou que municípios populosos tendem a apresentar um mercado consumidor mais robusto, assim como a população urbana tende a utilizar a Internet com mais frequência e intensidade. "Espera-se, também, que municípios com muitos jovens tendem a demandar mais serviços de telecomunicações, por causa da amplamente conhecida proficiência deles com novas tecnologias", avalia o estudo. A entidade diz ainda que há indícios que as empresas de telecomunicações são menos incentivadas a ofertar mais conexões em ambientes pouco competitivos.
Para tanto, o Ipea recomenda políticas públicas de incentivos à competição entre as tele, o que considera como "alternativa mais plausível" para a diminuição das desigualdades. "As ações de estímulo à competição devem considerar esta premissa: mais competição nos menores municípios e nas regiões Norte e Nordeste".

Universalização do acesso: a Política Nacional de Banda Larga


CCT vai avaliar Programa Nacional de Banda Larga

01/04/2014 - 11h35 Comissões - Comunicação - Atualizado em 01/04/2014 - 12h28
Da Redação
A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) elegeu nesta terça-feira (1) o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) como política pública a ser avaliada ao longo do ano.
A avaliação de políticas públicas no âmbito do Senado é uma nova prerrogativa da Casa, estabelecida com a aprovação da Resolução 44/2013. O procedimento permite ao Senado estudar as grandes políticas públicas do país de forma agregada, numa visão sistêmica capaz de considerar todos os efeitos delas sobre o conjunto da sociedade e da federação.
— Quanto mais aperfeiçoado estiver esse programa, certamente maior será o desenvolvimento econômico e social, a inclusão digital, a geração de emprego e renda, e menores serão as desigualdades social e regional – avaliou o presidente da CCT, senador Zezé Perrella (PDT-MG).
O senador Aníbal Diniz (PT-AC) foi escolhido como relator e observou que, apesar do compromisso da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de garantir acesso à banda larga em todos os estados, as operadoras não vêm cumprindo a determinação.
— No Acre, por exemplo, apenas a Claro atingiu a meta de velocidade máxima exigida Já a meta de velocidade média, foi cumprida apenas pela Claro e pela TIM. O estado também sofre com qualidade da banda larga fixa prestada pela Oi, a única prestadora disponível. Temos que enfrentar esse debate – disse.
Terminativos
Propostas que dependiam de decisão final da comissão, como o Projeto de Lei do Senado (PLS)316/2013, que estabelece prazo máximo de 180 dias para exame e concessão de pedido de patente ou de registro de marca, e decretos legislativos sobre autorização ou renovação de concessão para serviço de radiodifusão serão examinados na próxima reunião.

Inovações tecnológicas , Políticas públicas , Sistemas de comunicação em banda larga - Brasil

Resumo: A presente tese analisa o processo de mudança na agenda de políticas de difusão de serviços de telecom face ao processo de mudança técnica que deu origem às redes de banda larga. Inserida no paradigma tecnoeconômico da atualidade, o paradigma das TICs, o surgimento das redes de banda larga acarretou em uma série de impactos na dinâmica socioeconômica dos dias atuais - como alteração nas formas de comunicação e de acesso à informação da sociedade, alteração na estrutura organizacional do setor de telecom e dinamização macroeconômica de forma geral -, o que levou a um processo de anomalias no paradigma político anterior aplicável a esse setor, em particular, com relação ao escopo e às formas de difusão dos serviços. Diante disso, as experiências internacionais passaram a incluí-la como item das agendas de difusão de serviços em substituição aos tradicionais serviços de telefonia fixa. Observou-se que a maior parte das experiências internacionais não fez isso com base na introdução da banda larga nas agendas de regulação para universalização, mas sim, incluindo-a nas agendas de regulação para competição, em especial, entre - plataformas, e em programas públicos voltados à expansão desse serviço, tais como os diversos planos nacionais de banda larga. A análise da montagem da agenda de difusão da banda larga no Brasil mostrou que, apesar das diferenças entre seus referenciais políticos, os governos FHC, Lula e Dilma voltaram-se ao estabelecimento de uma agenda de difusão de serviços de telecom que abarcasse o componente da mudança técnica inerente ao setor, travando, para tanto, constantes diálogos com o setor privado (ainda mais intensos durante os governos Lula e Dilma), muito embora com relativa baixa participação da sociedade civil. Assim como nos casos das experiências internacionais, a despeito de não ter alterado o escopo da agenda de universalização (ainda voltado ao STFC), o termo ?banda larga? entrou pela primeira vez na agenda brasileira durante o governo Lula, que estabeleceu, entre outras medidas, o Programa Nacional de Banda Larga. Por sua vez, o governo Dilma vem buscando dar continuidade ao PNBL, além de ter estabelecido outras medidas para a superação dos entraves de difusão da banda larga no Brasil, como alto preço, baixa cobertura e alta concentração de mercado. Entre eles, é possível mencionar as assinaturas de termos de compromisso com o setor privado voltadas ao barateamento do preço do serviço e à expansão do acesso a regiões não atendidas, e o estabelecimento de mecanismos regulatórios pró-competitivos, em especial, voltados à concorrência intra-plataformas, mais adequados à condição do mercado nacional. 

Abstract: This thesis examines the process of change in the policy agenda of diffusion of telecom services derived from the process of technical change that gave rise to broadband networks. Inserted in today's technoeconomic paradigm, the paradigm of ICT, the emergence of broadband networks resulted in a number of impacts on the current socioeconomic dynamics - such as the introduction of new forms of communication and information access, changes in the organizational structure of telecom sector and in macroeconomic dynamics - that led to a process of anomalies in the previous political paradigm applicable to that sector, in particular with respect to the scope and forms of diffusion of services. Therefore, the international experiences now include broadband as an item on the agendas of diffusion of telecom services in substitution for traditional fixed telephony services. It was observed that, although the international experiences did not included broadband on the framework of universalization regulatory agendas, most experiences included broadband on the agenda for regulatory competition, in particular inter-platform competition, and established public programs focusing on expanding this service nationwide, also named as "national broadband plans". The analysis of the settlement of the agenda of broadband diffusion in Brazil showed that, despite the differences between their political paradigms, the FHC, Lula and Dilma's governments turned to setting an agenda for the dissemination of telecom services taking into consideration the component of dynamic technical change inherent in the telecom sector, and, at the same time, establishing constant dialogues with the private sector (even more intense during the Lula and Dilma's governments), although with relatively low participation of civil society. As noticed in the international experiences, despite not having changed the scope of the agenda of universal services (still based on the diffusion of fixed telephony), the term "broadband" first entered the Brazilian agenda during the Lula's government, which established, among other measures, the Brazilian National Broadband Plan (PNBL). In turn, the Dilma's government is seeking to continue the PNBL, at the same time as it has established other measures to overcome the barriers to broadband diffusion in Brazil, such as high prices, low coverage and high market concentration. Among them, it is possible to mention the signatures of terms of engagement with the private sector aimed at lowering costs of service and expanding access to regions that are not the focus of private investments, and the establishment of pro-competitive regulatory mechanisms, in particular, intra-platforms ones, more suitable to the conditions of the domestic broadband Market.

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Dados de pesquisa vão orientar políticas para banda larga e TV digital

Comunicação Digital
Informações serão usadas para orientar medidas a serem adotadas no desligamento do sinal analógico de televisão
por Portal BrasilPublicado25/04/2014 18:50Última modificação25/04/2014 18:50
Dados coletados pelo IBGE para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013 (PNAD) serão utilizados esse ano para orientar políticas do Ministério das Comunicações para banda larga e TV digital. A pedido do Ministério das Comunicações, a pesquisa, que tem previsão para ser publicada em setembro, incluiu uma série de perguntas que vão detalhar como é o acesso do brasileiro à internet, os dispositivos usados para conectar à rede e a recepção do sinal de TV.
As informações serão usadas para orientar as medidas a serem adotadas para o desligamento do sinal analógico de televisão, que vai dar lugar ao sinal digital, e para aprimorar as iniciativas do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).
 “A ideia é medir o que a gente já conseguiu alcançar no uso da internet, e, de posse desses dados, como reorientar as ações do programa de maneira a ampliar ainda mais esse alcance. É olhar para o passado para ver o que foi feito e olhar para frente para melhorar as políticas públicas”, afirma o gerente de projetos da Secretaria de Telecomunicações, Pedro Lucas Araújo.
Desligamento gradual
Na área da radiodifusão, os resultados vão apontar a quantidade da população que já tem acesso ao sinal digital ao apurar o tipo de televisor usado nas residências (tubo, LCD, plasma ou LED) e a forma de recepção do sinal (TV aberta, parabólica ou TV paga). O Ministério de Comunicações vai colher esses dados de forma a garantir que ninguém fique sem o serviço de TV dentro do processo de desligamento do sinal analógico, que vai acontecer de forma gradual entre 2015 e 2018.
Projeto de Cooperação Técnica
O processamento dos dados do IBGE relativos ao uso dessas tecnologias vai contar com ajuda de um consultor contratado por meio de edital do Ministério de Comunicações. O edital faz parte do Projeto de Cooperação Técnica entre o Ministério das Comunicações (Prodoc), e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O acordo com a entidade foi firmado em outubro de 2012, para a realização de estudos e pesquisas nas áreas de telecomunicações, radiodifusão, inclusão digital e conteúdos digitais criativos.
PNAD 2013
Entre outubro e dezembro de 2013, entrevistadores do IBGE visitaram 150 mil domicílios nas 27 unidades da federação para investigar questões relativas a emprego, rendimento, saneamento básico, alfabetização, demografia, migração e bens duráveis existentes nos domicílios, num total de aproximadamente 275 perguntas.